Coração endemoniado



Te forcei numa montanha de limerência.

Na Rússia comunista um coração se partiu.

Começar-me-ei a soltar lágrimas sem chuva. 

Talvez uns óculos escuros mostrem a verdade, mas esconde a minha.

Tenho alguma missão? Algumas memórias salvas somente em mim para sempre.

A faca de dois gumes que é a saudade, faíscas de conforto e tesão.

Minhas promessas permanecem no meio de todas as dores, sempre abertas para fagulhas no meio do palheiro da desesperança.

O amor vendado e imparcial, transformasse numa incondicionalidade do confuso.

Essas dores mundanas que tanto nos apertam e distorcem, são eternas enquanto durarem, e anunciam um crepúsculo.

Mas talvez num nível metafísico ainda demonstremos nosso amor, e espero que saiba que mesmo em qual fim as leis da natureza nos levar (uma bela favela será?), ainda sempre estarei ao seu lado.

Comentários